![]() |
[...] |
O dia em que nos conhecemos
Congelada, segurei minha respiração
Desde o inicio
Sabia que encontrei um lar pro meu coração
Bate rápido, cores e promessas
Como ser corajosa?
Como posso amar quando estou com medo de cair?
Mas olhando você sozinha
Todas as minhas dúvidas, subitamente se foram de alguma maneira
Terminei de abotoar o casaco. Prendi o cabelo sem prestar muita atenção. Olhei por cada canto daquele quarto que me lembrava-o tanto. Enxuguei uma lágrima que timidamente começava a brotar em meus olhos abri o portão. Fechei-o com cuidado, demorando em cada detalhe.
Um passo mais perto
Saí na noite fria, andando pelas calçadas de pedra e abri meu guarda-chuva. Um carro passou pela rua de pedra e passou o pneu em cima de uma possa, derramando em cima do cachorro de rua que estava do outro lado. Que sorte. Corri percebendo que a ruela estava deserta.
Tenho morrido todos os dias aguardando por você
Querido, não tenha medo
Eu tenho te amado por mil anos
Te amarei por mais mil
Finalmente havia chegado lá. Meu cabelo dera um jeito de se soltar no caminho, então botei-o atrás da orelha. Abri o portão de ferro preto e entrei. Lá dentro o ar parecia mais frio e mais difícil de respirar. A lua parecia mais pálida, a noite mais escura. Qualquer pessoa normal que entrasse lá não sentiria o que senti. Talvez.
O tempo para
A beleza em tudo o que ela é
Eu serei corajoso
Não deixarei nada levar pra longe
O que esta na minha frente
Cada respiração
Todas a horas vieram pra isso
Andei pelas lápides sujas pelo tempo, sem parar para olhar nenhuma delas. Já conhecia aquele lugar bem o suficiente para não perder tempo procurando o que queria. As lágrimas tímidas brotavam e algumas estavam começando a escorrer. Achei a lápide de mármore, branca. Facilitava a leitura, mas não precisava. Eu já decorara o texto dela.
Um passo mais perto
Me abaixei e tirei a rosa vermelha de meu casaco preto recém-desabotoado. Suspirei e beijei uma pétala. Me abaixei perante a lápide e disse entre pequenos soluços das lágrimas “Do nosso primeiro encontro. Eu nunca me esqueceria, nem depois de mil anos”
Tenho morrido todos os dias aguardando por você
Querida, não tenha medo
Eu tenho te amado por mil anos
Te amarei por mais mil
E então grossas gotas de chuva começaram a cair do céu. Olhei para cima, depois deixei a rosa lá.
- Moça! Sai da chuva! – disse o homem que zelava de lá. – Ah, é você?
- Boa noite. Já estou indo embora. – eu disse abrindo o guarda-chuva e saindo de lá.
O tempo todo eu acreditei que te encontraria
Tempo trouxe seu coração pra mim
Eu tenho te amado por mil anos
Te amarei por mais mil
P.S.: esse post é kibe de um post de um blog antigo meu, Sweet Dream
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Olá cavaleiro solitário, imagino que leu toda a postagem, então o que acha de deixar um comentário rápido? Sua opinião é sempre importante.
Veja que qualquer pessoa pode comentar, mas para evitar xingamentos desnecessários, os comentários são moderados. Por favor, deixe seu link no final do comentário para que eu possa retribuir a visita e o comentário!