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30 de mai. de 2014

Resenha: Garotas de Vidro (Wintergirls)


Olá >3< Eu sei que demorei éons para dar sinal de vida, mas a escola anda muito puxada, assim como o curso, e ainda tem a OBM que querem que nós façamos (apenas os melhores em Matemática, e como eu sou primeiro lugar geral, consequentemente faço parte do grupinho), cheia de provas e TD's complicados para estudo... Gente, alguém fez a OBF? Eu fiz chutando tudo, principalmente porque a única parte da Física que conheço é a que foi ensinada no curso (Cinemática), ou seja, de 20 questões, acertei cinco (uhul!)
Mas enfim, não vou reclamar, porque quinta que vem começam minhas provas e daqui a umas duas semanas estarei de FÉRIAS! Graças à Deus, mesmo que seja por causa da Copa, estou feliz. E estou mais que feliz, porque finalmente concluí Garotas de Vidro (mais ou menos no mesmo dia que IIS) e vou fazer a resenha que prometo praticamente desde o começo do blog -q
O resumo do Skoob pode ser encontrado aqui, e ele (ao contrário do da maioria dos livros) é bom, pois faz jus à história. Pulando isso, vamos lá.
Lia é uma jovem que mora com o pai, a madrasta e a "irmã" (Emma), tendo duas passagens por clínicas psiquiátricas e um problema muito, muito sério. Ela é anoréxica, e podemos ver constantemente ao passar do livro suas confusões mentais e dilemas sobre comida, além de seus pensamentos (ela constantemente se xinga, repetindo as mesmas palavras) que assustam e envolvem o leitor. O livro começa com a madrasta, Jennifer, contando que Cassie, a melhor amiga de Lia, foi encontrada morta e sozinha em um quarto de motel. Isso já abala a mente da nossa narradora, mas tudo piora quando ela encontra o celular e descobre que Cassie a ligou trinta e três vezes antes de morrer.
Passamos boa parte do livro sentindo na pele o remorso que Lia sente por isso, o passado das duas, o motivo que levou ambas a entrarem em caminhos sem volta - os distúrbios alimentares. Cassie era bulímica, Lia é anoréxica, ambas vivem na corda bamba, entre um lado e outro da vida. A narrativa é cada vez mais carregada de memórias, principalmente quando a protagonista começa a ver o fantasma de Cassie, culpando-a, incentivando-a a comer cada vez menos, falando que logo ambas estarão juntas... Em alguns momentos, foi necessário jogar o computador de lado para processar o que estava acontecendo. Lia está sendo bombardeada, e o leitor, que fica preso na história, também. Tudo a puxa mais e mais e mais e mais e mais e mais e mais e mais... Sem nunca cansar.
Há um momento em que saímos da zona de conforto (o que, para mim, é um baita sinal da alta qualidade do livro). A autora trabalhou bem a parte do distúrbio alimentar, que está sempre lá, quando achamos que a vida pode ser boa. Os momentos em que Lia corta sua pele, recusa comer, faz contas de calorias, sobe na verdadeira balança e alegra-se (se bem que o sentimento não é bem uma alegria) em perceber que está cada vez mais magra... Há o estopim. Quando ela despeja que o peso ideal seria zero. Nada. O livro nos faz estar na pele de como é ser anoréxica, sentir em cada fibra da mente a dor e o vazio que se instala. O leitor vai chorar de agonia várias vezes.
A autora nos faz sentir como é sofrer. O livro é realismo estampado. É triste, sim, angustiante, sim, mas fantástico, por espelhar tudo. Como se você fosse Lia, e você sentisse, como se você fosse. Não é uma mera ficção. Para quem lê Garotas de Vidro, ele é real. Vale a pena ler, mas apenas se estiver disposto a encarar uma experiência que, como eu já disse, te tirará da zona de conforto em relação à muitos problemas que existem entre nós. Principalmente o final, que é "destruidor" (para não dar spoilers).
P.s.: é muito difícil fazer a resenha desse livro, já que encontrar as palavras certas para demonstrar os sentimentos que eles desperta é algo impossível.
P.s.²: aproveitei e dei uma fuçada nas resenhas do Skoob, acho que irão gostar dessa aqui, como complemento.

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